quinta-feira, 29 de outubro de 2009

"E se somos todos Severinos
iguais em tudo na vida,
morremos de morte igual,
mesma morte severina:
que é a morte de que se morre
de velhice antes dos trinta,
de emboscada antes dos vinte,
de fome um pouco por dia".


Morte e Vida Severina foi um dos livros que li durante minha adolescência e, confesso, não foi dos meus preferidos. Mas é recorrente encontrar nos versos de João Cabral de Melo Neto alguma inspiração, mesmo que lúdica.

Sempre me fascina os assuntos mais mundanos, a mediocridade humana e a complexidade que a simplicidade traz consigo. Por isso, Macabéa voltou à minha memória. A personagem de Clarice Lispector que é o melhor retrato da degradação humana, de alguém que é destroçado pela própria insignificância da vida.

Não sei ao certo o que vou fazer com esse espaço. Sempre dividi blogs com outras pessoas, mas nunca tive a disposição de criar um lugar só meu.
E, na realidade, não vai ser só meu. Queria relatar fatos que imagino acontecerem com os outros, histórias que imagino que existam por aí e dar vazão à infinidade de coisas que assolam minha mente perturbada.
O que eu quero mesmo é publicar meus pensamentos fantasiosos e fictícios, mesmo que não levem a nada. Relatos dos quais não se pode concluir ou interpretar nada, porque fogem à regra da realidade.

Espero manter as postagens atualizadas. Mas não prometo nada.